cultura

Conferência ARCA: Etapa Setorial da Cultura se realizará em fevereiro

Após ajustes, a previsão é que o documento esteja aprovado em abril

Após rodadas de discussões e várias reuniões, que ocorreram ao longo de 2021, o segmento de Cultura inicia sua discussão setorial debatendo o tema: Diálogo social e construção da alteridade, da I Conferência ARCA: o Brasil pode mais. A Cultura, assim, incorpora-se a outros segmentos na discussão de um conteúdo programático para o debate eleitoral de 2022. Nesta quinta, dia 21/01/2022, os representantes da ARCA, AsMinC e colaboradores, se reuniram para definir os próximos passos do documento que fará parte do projeto de desenvolvimento sustentável que servirá à sociedade brasileira.

Para o setor, ficou deliberado que a discussão ocorreria a partir de documento base e um formulário amplo, que também servirá de subsídio para o documento final, que serão divulgados ao público no dia 31 de janeiro. Em seguida, já no dia 15 de fevereiro, indica-se a realização de uma live de apresentação do documento aberta à participação da sociedade civil, além de outros eventos que serão construídos a partir da necessidade de ampliação do debate. A expectativa é que o documento esteja pronto em abril e que haja uma live de aprovação.

A primeira Conferência ARCA: o Brasil pode mais, além da cultura, engloba vários outros temas e segmentos como: Desigualdades de Gênero, Educação, Desenvolvimento e Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Desemprego Zero, entre outros. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui.

I Conferência ARCA: o Brasil pode mais

Após cinco anos de existência, a ARCA se propõe a realizar um esforço amplo de articulação e mobilização de diversos atores e setores interessados na construção de uma agenda política progressista. É com este objetivo que nasce a I Conferência ARCA: o Brasil pode mais, se tornando um espaço de debates, reflexões e trocas de experiência, em que estudiosos, políticos, servidores públicos, sociedade civil e lideranças de movimentos sociais discutem questões cruciais a um projeto de desenvolvimento sustentável.

ARCA

A Articulação Nacional das Carreiras para o Desenvolvimento Sustentável (ARCA) surgiu em 2016, no contexto de descontinuidade institucional na Administração Pública Federal, que trouxe o desafio de união das carreiras públicas para a defesa da plena realização do Estado Democrático de Direito.

Atualmente congrega diversas associações e sindicatos, que juntos representam mais de 20.000 mil servidores públicos, constituindo um importante canal de discussão com a sociedade e de construção de ideias que possam indicar a viabilidade de um Brasil livre, justo e solidário.

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Entidades da cultura reúnem-se a fim de discutir ações em defesa do Palácio Capanema

Em reunião geral, na última sexta-feira (20), servidores de instituições federais ligadas à pasta da Cultura discutiram e deliberaram ações de articulação em defesa do Palácio Gustavo Capanema e do patrimônio público sob ameaça, assim como a organização do Fórum da Cultura.

Estiveram presentes no encontro as seguintes entidades: Associação da Biblioteca Nacional (ASBN), Coletivo do IPHAN, Asserte e AsMinC. A análise dos presentes é a de que o governo federal continua com a ação sistemática de enfraquecimento das políticas culturais no Brasil, deixando os servidores à deriva de debates e decisões que impactam o setor, alvo de ataques contínuos desde a extinção do Ministério da Cultura.

A notícia da intenção de venda do Palácio Gustavo Capanema (RJ) e outros imóveis tombados surpreendeu os servidores das instituições de Cultura, tratando-se de clara ameaça ao patrimônio público, que é uma importante referência da nossa arquitetura e do pensamento sobre o patrimônio cultural brasileiro. Outros imóveis tombados e que abrigam acervos culturais de relevância nacional também estão sob ameaça, caso seja levada adiante a venda pelo Ministério da Economia.

Confira aqui as deliberações da reunião:

1) Elaboração do Manifesto dos Servidores Federais da Cultura, tratando da preocupação com a venda dos imóveis da União que são patrimônio cultural brasileiro;

2) O texto estará aberto para edição coletiva dos servidores até às 12h da 5ª feira, 26/08. O Manifesto poderá ser disponibilizado nas redes de cada associação (imprensa, parlamentares, etc.);

3) Recomendação para os servidores buscarem dados sobre os imóveis que estão sob ameaça de venda no Rio de Janeiro, assim como sobre o processo de restauração do Palácio Gustavo Capanema para subsidiar a ASSERTE/Funarte na audiência pública com representantes da União, Estado e Município na segunda (23/08)

Foto: Marcio Viana/Iphan

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Manifesto dos Servidores Federais da Cultura

Vivemos muito mais do que uma tragédia sanitária. Os descontroles autoritários do governo trazem
uma deterioração do país em todos os sentidos. As instituições públicas são achacadas, a ciência é
negada, e o social, atropelado por um economicismo insensível. O resultado tem se evidenciado na
atual crise política, social e econômica em que o Brasil se encontra. Mais do que isso: há um
processo de destruição de valores construídos em torno dos direitos das coletividades e de
condições para um país mais justo para todos.

Sem perdermos a capacidade de ficar perplexos diante de tudo isso, ainda recebemos cada notícia
sobre as interferências no setor da Cultura com constrangimento, indignação e revolta. Temos visto
os cargos do setor serem ocupados por pessoas com pautas meramente ideológicas e o
fisiologismo político dominantes em setores do atual governo; sem qualquer experiência na área
cultural ou na administração pública – uma evidência de que se trata tão somente de aparelhar as
instituições, e um alinhamento à uma visão antidemocrática e preconceituosa do atual governo.

Ao defender a pluralidade da sociedade brasileira, as políticas públicas culturais são também a
execução do que está previsto na Constituição Federal, ou seja, garantir amplamente o exercício
dos direitos culturais e promover e valorizar as criações artísticas e científicas, a memória, as
práticas e manifestações culturais de todos os grupos que expressam a diversidade étnica e
cultural da nação brasileira. E é por isso que o setor da Cultura vem sendo desmantelado.
Já em 2016, a tentativa de extinção do Ministério da Cultura-MinC dizia respeito à intenção dos
governantes de reduzir o papel do Estado na área, que se desenrolou em um projeto de
esvaziamento das políticas dentro da administração direta. No atual governo, que extinguiu o MinC
de fato, o desmonte das políticas culturais se intensificou e tem tido impactos negativos para
diversos segmentos econômicos e sociais – o que só piorou no contexto da pandemia de Covid-19.

Convertido em Secretaria Especial da Cultura-SEC, o órgão responsável por definir as diretrizes
políticas do audiovisual, do patrimônio cultural, dos museus federais, das artes e da literatura, dos
acervos bibliográficos e arquivísticos, dos projetos culturais via mecanismo de incentivo fiscal, está
completamente desorganizado. Estamos diante de uma secretaria de governo que desaba com
diversos problemas administrativos, falta de diretrizes estratégicas e irrelevância política,
impossibilitando qualquer alcance social. A área da Cultura em âmbito federal está sem cabeça e
sem braços.

Em consequência, estamos lidando com situações drásticas dentro das autarquias e fundações do
setor: nomeações descabidas de gestores sem qualificação técnica, extinção de setores e
atividades importantes para planejar e executar as políticas culturais, sem falar no assédio e na
censura no ambiente de trabalho. A incorporação da Secretaria Especial de Cultura na estrutura do
Ministério do Turismo não ofereceu melhora: permanecemos dentro de uma desorganização
administrativa, que desconhece as políticas, os projetos e as ações que deveriam ser
desenvolvidas por uma pasta do Estado. O desconhecimento e, sobretudo, o desprezo do governo
em relação às instituições da Cultura parecem motivar toda sorte de medidas açodadas e
equivocadas. Citamos alguns exemplos: a recente exoneração de servidores de seus cargos
comissionados na direção SEC como forma de perseguição política; a demolição iniciada na
Fundação Cultural Palmares, que evidencia a vontade do dirigente de agir contra os grupos e
comunidades negras a quem se destina a política do órgão; a extinção das representações
regionais da Cultura, na contramão do que seria necessário para as articulações entre os entes
federados na área; as declarações de alguns dirigentes, como o que ocupou durante alguns meses
a Fundação Nacional de Artes, que expressam a ignorância e o preconceito sobre as expressões
artísticas e o propósito da política pública. Sem esgotar os exemplos, temos o projeto de extinção
da Fundação Casa de Rui Barbosa, importante e reconhecido órgão para a reflexão e pesquisa
sobre as políticas culturais no Brasil e na América Latina, e a recente privatização da Cinemateca
Brasileira e seu acervo.

A área da Cultura sofre, mas os servidores não estão parados! Continuamos atentamente zelando
pelo serviço que prestamos à sociedade brasileira. Sabe-se que todo discurso tem um viés
ideológico, tendo em vista que não pode ser absolutamente neutro e imparcial. Nesse sentido, o
viés ideológico do servidor público é o próprio compromisso com a Constituição Federal e as leis
que regem as políticas culturais. Assim, lembramos que continuamos firmes com a missão de
defender os direitos e deveres dos cidadãos no que que tange às garantias em relação à memória
e à identidade de todos os brasileiros. Nossas lutas reafirmam os direitos fundamentais garantidos
no Art. V da Carta Magna: o exercício, por todos os cidadãos, da liberdade de expressão intelectual
e artística, independente de crença religiosa, convicção filosófica ou política. Somos técnicos
qualificados, trabalhando a serviço da sociedade!

Nós, servidores da Cultura, sempre estivemos juntos como os demais setores do Estado na busca
dos caminhos democráticos para fortalecer as políticas públicas no país. Queremos convidar todos
a retomarmos esse caminho! Atualmente, o setor da Cultura não está isolado das demais áreas que
são alvos desse governo, especialmente do meio ambiente e da proteção dos povos indígenas.
Nesses novos tempos de pandemia, em que prevalecem as medidas de distanciamento social, não
podemos perder a chance de encontrar novos canais para dialogarmos e construirmos as nossas
pautas. Estejamos junto com as entidades associativas, sindicais e os coletivos organizados para
defender o óbvio: a democracia, as liberdades, os saberes tradicionais, a história e a memória, as
expressões artísticas e a diversidade das culturas que são a alma e o corpo do Brasil.

 

Queremos um país para todos! Sem CULTURA, a sociedade estará fadada aos valores de fake
news!!!

 

 

Subscrevem o Manifesto:

Fórum da Cultura:
Demais entidadesapoiadoras
CONDSEF
SINDSEP-RJ
SINDSEP-SP
SINDSEP-MG
AFIPEA-SINDICAL
ASSIBGE – SN

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